O que diferencia as newsletters pessoais/artísticas das corporativas
Por muito tempo, o termo “newsletter” foi sinônimo de e-mail marketing e mala-direta, uma comunicação por correio que consiste em panfletos informativos, comunicado de campanhas e avisos de promoções. Uma comunicação bem característica da via B2C (business to consumer, de empresas para consumidores) que naturalmente foi adotada e adaptada para o correio eletrônico. O e-mail marketing segue firme e forte como uma estratégia efetiva de comunicação para marcas e instituições, mas ele não é o único jeito de usar os recursos de uma plataforma de newsletter.
A grande diferença entre uma newsletter artística/pessoal e uma corporativa está no tipo de conteúdo. A primeira é focada em distribuir peças de autoria de uma pessoa (ou de um coletivo), como textos, ilustrações, músicas e toda sorte de produção artística viável de se mandar por meios digitais, enquanto a outra foca em divulgar produtos, serviços e campanhas de uma marca ou empresa.
Isso não quer dizer que a newsletter artística seja território livre de divulgação de produtos e serviços, bem pelo contrário: ela é o canal mais apropriado para uma pessoa apresentar e lançar novos trabalhos artísticos (e até mesmo propagandear esses trabalhos com mais liberdade e detalhe). Porém, quando alguém propõe-se a manter uma newsletter desse tipo, é esperado que o conteúdo contenha temas relacionados ao trabalho criativo, peças inéditas ou amostras generosas de projetos finalizados e em andamento.
Por que estão usando e quais as vantagens
Artistas do mundo inteiro têm encontrado nas newsletters uma maneira efetiva de estreitar a comunicação com seu público. Listamos 6 vantagens que o uso da newsletter pode dar para uma pessoa artista hoje:
- você cria um canal direto de conversa com as pessoas que estão genuinamente interessadas em seu trabalho;
- toda edição da newsletter pode ser facilmente encaminhada para outras pessoas, possibilitando que uma rede de recomendação de boca-a-boca se estabeleça de maneira orgânica;
- você não fica à mercê dos “algoritmos” de redes sociais, já que com uma newsletter o conteúdo sempre é entregue para todo mundo que assina;
- há a chance de fazer experimentos com projetos em andamento;
- é um canal efetivo para mandar atualizações sobre seus trabalhos, eventos e qualquer coisa relacionada à carreira;
- é possível oferecer material exclusivo para pessoas que escolherem apoiar financeiramente sua newsletter.
De todas essas, a garantia de que toda vez que houver uma nova edição de newsletter, todas as pessoas que assinam vão receber o conteúdo nas suas caixas de e-mail é a mais impactante. E muita gente vem desfrutando dessa garantia há anos.
É o caso de dois dos maiores exemplos de sucesso de newsletters feitas por artistas da música e das letras nos Estados Unidos: Amanda Palmer e Patti Smith.
A musicista e artista de rua Amanda Palmer costumava fazer boletins informativos por e-mail desde 2001. Na época, ela não tinha conhecimento das ferramentas de newsletter, mas costumava divulgar os shows de sua banda, The Dresden Dolls, e suas performances solo mandando uma versão do que hoje conhecemos como newsletter para seus amigos e fãs. Hoje, Amanda tem uma coluna online enviada por e-mail, Ask Amanda (“Pergunte a Amanda”), uma newsletter onde ela responde perguntas de fãs e seguidores com textos.