Uma das marcas mais reconhecidas no mundo inteiro, a Coca-Cola é uma empresa estadunidense que existe desde o final do século XIX e é um case de sucesso em muitos aspectos.
Ela atua no mercado de bebidas, no qual a ameaça de surgimento de novos competidores é baixa. Mesmo que pequenas empresas possam desenvolver e comercializar outras opções de bebidas, elas dificilmente vão alcançar a escala da Coca-Cola e outros gigantes já estabelecidos. Além de trabalhar com uma escala gigantesca de comercialização, marketing e distribuição de produtos, os anos de investimento possibilitaram à Coca-Cola se adequar e habituar às regulamentações para produção de alimentos industrializados em cada país no qual atua.
O poder de barganha de consumidores individuais não é significativo, mas quando há mudanças comportamentais em larga escala, a empresa precisa se adaptar. É o que acontece, por exemplo, quando grandes grupos passam a buscar o consumo de alimentos mais saudáveis, o que pressiona para que a Coca-Cola diversifique cada vez mais o seu catálogo de bebidas. Claro que seu carro-chefe, o refrigerante que leva o nome da empresa, continua disponível e fazendo sucesso. E é graças a esse sucesso que os fornecedores têm certo poder de barganha sobre a empresa – afinal, é necessário obter os ingredientes certos para manter o sabor do produto sempre consistente.
Ao contrário do que se pode pensar a princípio, o refrigerante Pepsi não é um considerado, nesta análise, um produto substituto – isso seriam outros tipos de bebida, como água ou suco. O marketing da Pepsi na verdade pode fazer crescer a clientela interessada em beber refrigerantes de cola, o que seria interessante para ambas as empresas. Por isso, a força de Porter envolvida na relação com a Pepsi Co. é a da rivalidade entre competidores – essa sim alta, gerando um ponto de atenção para que a Coca-Cola faça constantes esforços para manter sua marca apelativa aos consumidores.
Apple
A empresa do Vale do Silício que está no mercado de tecnologia desde a década de 1970 oferece diversos produtos e serviços no setor, de fones de ouvido a aplicativos de música, passando pelos mundialmente desejados iPhones. Graças a essa gama de produtos e à fidelidade dos clientes, a Apple foi a primeira empresa trilionária do mundo.
Por mais competitivo que possa ser o mercado de tecnologia, é difícil enfrentar a gigante criada por Steve Jobs. A ameaça de entrada de novos concorrentes que possam, de fato, representar uma ameaça para a Apple é extremamente baixa. Uma forte barreira de entrada para novos players neste setor é o altíssimo investimento necessário, tanto em desenvolvimento do produto e operações, como em estabelecer e divulgar uma nova marca.
Além disso, as empresas de tecnologia já estabelecidas no mercado vêm investindo há décadas em pesquisa e desenvolvimento para os seus produtos, e já fidelizaram os clientes. Mesmo diante de outros players significativos, como a Microsoft e a Samsung, a Apple mantém sua força no mercado ao investir em produtos inovadores, que se destacam pela usabilidade. O efeito de rede também funciona, quando os próprios consumidores da marca ajudam a divulgar os produtos e converter mais vendas. O poder de barganha dos consumidores individuais também não é alto, uma vez que a opção de um cliente por substituir produtos da Apple por outra marca não causa nenhum impacto relevante no faturamento da empresa.