O que são KPIs e como usá-los

Em uma escala de 1 a 10, o quão satisfeito você está com o desempenho da sua empresa? A pergunta, embora relevante, também é um tanto generalista. Seria possível simplesmente atribuir uma nota que reflita absolutamente todos os pontos relevantes para o seu negócio, sejam eles bons ou com espaço para melhora? Afinal, para medir o sucesso de um negócio, existem várias possíveis perspectivas. 

Um dos termos mais utilizados no momento é o KPI, Key Performance Indicator (no Português, Indicador-Chave de Desempenho). É através destes indicadores que você poderá responder à pergunta feita acima de forma mais efetiva – sem necessariamente dar uma nota para o desempenho, mas com muito mais consciência do que está bom e do que não está. Você já utiliza os indicadores KPIs no seu negócio? Caso não, fique tranquilo! Em nosso post vamos trazer um guia completo sobre o que é KPI e como medir seus resultados.

Uma imagem mostrando uma pessoa analisando gráficos e dados estatísticos.
Quer saber o que está funcionando ou não dentro das atividades da empresa? Está na hora de aplicar os KPIs

O que é KPI (Indicador-chave de desempenho)?

O que define um indicador-chave de desempenho? Pode-se dizer que são fatores escolhidos a fim de revelar a performance de uma empresa ou indivíduo que trabalha nela, através de dados relevantes dentro daquele contexto. Esses indicadores combinam números, métricas e porcentagens a fim de medir o progresso da empresa em relação às metas estabelecidas.

Ter KPIs bem definidos é vital para que os gestores possam tomar melhores decisões e adotar estratégias diferentes onde for necessário. Além disso, a escolha do que será medido é muito importante. Para exemplificar, de nada adianta medir o desempenho de uma campanha de e-mail marketing pelo número de e-mails enviados. Um KPI adequado seria, neste caso, a taxa de abertura e de cliques nos botões. Assim, não basta saber o que se quer medir, mas também saber como medir.

Os tipos de KPI que você pode usar: primários, secundários e práticos

Como já abordamos, existem diversas maneiras de medir o progresso da sua empresa ou de um profissional com relação às metas. No entanto, tal progresso envolve diversas camadas – KPIs como “redução de custos” poderão ser avaliados através de diversos fatores. Assim, tais indicadores podem ser divididos entre KPIs primários, secundários e práticos (também conhecidos como terciários).

Em suma, o KPI primário trata do objetivo principal e se ele foi alcançado. O KPI secundário dá mais suporte e embasamento ao KPI primário. Exemplificando: se o objetivo principal era aumentar o número de leads (KPI primário), um KPI secundário poderia ser o custo por leads. Assim, é possível entender se o objetivo primário foi alcançado, mas também o seu grau de sucesso. Trabalhando com os dois em conjunto, idealmente sua empresa alcançaria o aumento, mas também sob custo reduzido.

Já os KPIs terciários ou práticos trazem números que complementam os outros dois. Seguindo o mesmo exemplo do número de leads, os KPIs terciários trariam dados sobre número de cliques, alcance, quantidade de visitas. Trazendo o contexto de redução de custos citado acima, o KPI primário avaliaria se isso realmente aconteceu. O KPI secundário traria mais informações sobre determinados setores e onde houve essa redução de custo, e o prático/terciário traria números complementares relacionados a tal redução, como por exemplo, informações mais detalhadas sobre o destino do budget.

Unindo os três, é possível saber a redução global, a redução por setor e com o que está sendo gasto o dinheiro da empresa, sendo possível então remanejar a verba e compreender melhor onde há espaço para mais investimento e onde é necessário cortar gastos.

KPI vs OKR: Qual a diferença?

Os KPIs são apenas uma das metodologias usadas por empresas para medir o desempenho e progresso com relação às metas estabelecidas. Muitas pessoas confundem eles com os OKRs – Objectives and Key Results, ou no português: objetivos e resultados-chave. Se os KPIs nos ajudam a entender se os objetivos foram alcançados e o quão perto ou longe estamos deles, os OKRs trazem o direcionamento necessário.

O foco dos KPIs está em monitorar o desempenho de forma contínua. Já os OKRs focam em estratégias e formas de adaptá-las para alcançar tais resultados. Além disso, os KPIs geralmente tratam mais do âmbito operacional, enquanto que os OKRs buscam o cumprir objetivos estratégicos dentro de um período. Trazendo exemplos práticos, imagine que você tem um perfil de porte médio nas redes sociais e seu objetivo principal seja aumentar a sua presença nesse ambiente.

Para alcançar esse objetivo, você pode definir os KRs (key results, ou resultados-chave) – ganho de 25% no número de seguidores dentro de seis meses e presença em todas as redes sociais, por exemplo. Com os OKRs definidos, você passará então para os KPIs, entendendo em quais redes sociais está performando melhor e o custo envolvido para o alcance do objetivo principal, entre outros fatores. 

Porém, não se esqueça: trace objetivos realistas, busque resultados palpáveis dentro do contexto que se encontra e estabeleça KPIs adequados para atingir melhores resultados. Como fazer isso? Siga por aqui, nós vamos te ajudar.

Como escolher um bom indicador KPI?

Uma imagem mostrando um homem e uma mulher trabalhando juntos, analisando gráficos e dados. A mulher aponta para um dos gráficos, destacando sua importância.
Embora ter dados concretos seja importante, é bom saber quais deles serão mais relevantes em relação às metas traçadas

Sabemos da importância dos indicadores KPI e como eles podem nos trazer mais clareza sobre nossa posição com relação às metas traçadas. Porém, como escolher o KPI mais relevante e certeiro para nossos objetivos? Primeiramente, é necessário ter consciência do mercado em que se encontra e de sua realidade atual. Neste quesito, o bom e velho benchmarking (uma análise estratégica das melhores práticas adotadas por outras empresas que atuam no mesmo setor que a sua) ajuda muito. 

Essa prática já vem aliada aos KPIs, uma vez que você selecionará os indicadores-chave importantes para o seu setor. Além disso, selecione o que será avaliado e como avaliar de maneira mais efetiva. Se você quer saber a performance do seu software e projetar vendas, por exemplo, um bom KPI seria a taxa de conversão da versão teste para a versão paga. 

Alinhe com os objetivos estratégicos

Para criar um KPI, você precisa saber o seu propósito. Então, nada mais importante do que ter objetivos bem definidos, realistas e principalmente, comunicados a todos da empresa de forma eficaz. Já citamos os OKRs, e é aqui que eles entram.

Defina tais objetivos e também os fatores-chave para que eles sejam alcançados. A partir disso, ficará mais fácil definir o que será avaliado e os dados a serem levados em conta no momento da análise. Abordando novamente a relação OKR/KPI, suponhamos que seu objetivo principal seja aumentar a presença nas redes sociais. Alguns KPIs importantes seriam: engajamento com posts no perfil, visualizações, alcance e conversão em novos seguidores.

Seja específico e relevante

Uma arte mostrando a metodologia de metas SMART, um acrônimo onde cada letra tem um significado. S corresponde à Específico, M é Mensurável, A é Alcançável, R é Relevante e T se refere a Prazos.
Na hora de de escolher seus indicadores-chave, a metodologia SMART pode te ajudar

Na hora de elaborar um indicador-chave de desempenho, muitas empresas utilizam a metodologia SMART. A sigla traz uma palavra importante para cada letra:

  • S, de Specific (específico);
  • M, de Measurable (mensurável);
  • A, de Achievable (alcançável);
  • R, de Realistic (realista);
  • T, de Time-bound (com prazos determinados).

Assim como não conseguimos compreender 100% uma mensagem quando nosso interlocutor é prolixo e não vai direto ao ponto, o mesmo acontece na relação entre objetivos e KPIs. É necessário ser específico e conciso na hora de traçar os objetivos, e adotar KPIs relevantes para medir o sucesso alcançado com relação às metas. 

Um objetivo muito vago ou abrangente dificulta a adoção de KPIs efetivos. Imagine um técnico de futebol que traça o objetivo de ganhar mais jogos. É um objetivo válido, mas a KPI primária seria então, o número de vitórias? Talvez seja mais relevante traçar um objetivo mais específico que tem relação direta com ganhar mais jogos, como por exemplo, aumentar o número de chances de gol criadas ou a posse de bola da equipe. 

Além de determinar o objetivo final, portanto, é necessário também saber o que fazer para chegar nesse objetivo – e aí ficará mais fácil medir o quão perto ou longe está do resultado que procura.

Certifique-se de que é mensurável

Com objetivos específicos, é hora de entender se o que queremos medir pode ser medido de maneira efetiva. É possível avaliar o que queremos em números, ou trata-se de uma métrica subjetiva? Caso a resposta seja a segunda, está na hora de mudar o KPI, afinal, você nunca chegará à conclusão alguma.

É vital ter alguma maneira objetiva de medir seus resultados, seja através de prazos, porcentagens, estatísticas ou algum outro meio palpável, que possa ser analisado concretamente, seja durante o processo, ou após uma mudança de estratégia para efeitos de comparação. 

Um exemplo clássico é a nota de satisfação que os clientes dão após um serviço contratado e realizado. Muitas empresas utilizam o sistema NPS (Net Promoter Score) para contabilizar as pontuações e realmente entender quem recomendaria a empresa (notas 9 e 10), ficou satisfeito, porém não tão engajado (notas 7 e 8) ou os detratores (notas de 0 a 6), que ficaram, no máximo, satisfeitos, mas provavelmente não voltariam a fazer negócio ou sequer recomendariam a empresa.

Lembre-se, M, de mensurável, afinal, também seria possível pedir para que o cliente faça comentários ou até mesmo perguntar a opinião dele – o que muitas vezes não funciona, já que muitas pessoas preferem evitar o conflito e só não voltar a fazer negócio ao invés de se indispor em uma conversa de feedback.

Seja realista e atingível

Na hora de definir os objetivos e os KPIs, não adianta apenas sonhar sem levar em conta a realidade. É verdade, nenhuma empresa diria não à possibilidade de dobrar os lucros dentro de um semestre. Porém, isso é possível diante dos atuais números de vendas, por exemplo? Ou então, tal meta seria alcançada sem uma elevação de custos na contratação de mais profissionais? Seguindo os conceitos do SMART, chegamos ao A, de alcançável, e ao R, de realista.

Metas inalcançáveis ou pouco realistas serão uma fonte de frustração não somente para você, gestor, como também para os profissionais que trabalham para você. Ter uma equipe motivada e que acredita no trabalho sendo realizado torna tudo mais fácil, e boa parte dessa responsabilidade passa por entender o grau de desafio sendo proposto e o quão possível será alcançar a meta traçada. Dito isso, é necessário encontrar um equilíbrio: seja ambicioso na medida certa.

Estabeleça critérios de tempo

A letra T do SMART: Time-bound, ou seja, com prazos estimados. Objetivos muito abrangentes são muito difíceis de serem alcançados, já que tudo que não é específico deixa espaço para a interpretação individual. Imagine então se não há um prazo. Em um exemplo de escala menor, já lhe pediram  para entregar um relatório sem estabelecerem um prazo? 

Se não há prazo, muito provavelmente não haverá urgência. Sem prazo, também ficará muito difícil avaliar se as medidas adotadas dentro daquele intervalo de tempo foram efetivas ou não e suas métricas não te dirão nada de muito relevante. Pense no exemplo de aumento de presença nas redes sociais, e como um breve exercício, responda:

  • De quantos por cento? (específico e mensurável)
  • Dentro de quanto tempo? (com prazo estabelecido)

Agora imagine o contrário: você só quer aumentar a sua presença nas redes sociais. Como medir isso? Tecnicamente, ganhar dez seguidores em um ano configuraria um aumento – mas isso não necessariamente configura o sucesso desejado. Então é preciso estabelecer os KPIs de maneira que eles ajudem a determinar se os esforços tiveram frutos efetivos e relevantes. 

Combine quantitativos e qualitativos

Além dos KPIs primários, secundários e práticos, também podemos dividir os indicadores-chave de desempenho em qualitativos e quantitativos. O debate entre quantidade e qualidade é sempre presente, seja em nossas vidas ou na realidade dos nossos negócios. Para saber seu desempenho real, é necessário combinar ambos.

Exemplificando, imagine um professor autônomo de inglês, que trabalha somente com aulas particulares. Um medidor quantitativo seria a quantidade de aulas agendadas por semana, enquanto que um medidor qualitativo seria o valor recebido por cada uma delas ou a taxa de cancelamento de aulas com relação ao agendamento. Pode parecer que estamos falando de valores em todos os fatores, mas nos últimos dois exemplos, são valores que contam uma história. No primeiro exemplo, trata-se apenas de uma quantidade.

De certa forma, é como medir o valor bruto e o valor líquido de uma receita. Olhar apenas para números é uma armadilha, afinal, apenas quantidades sem nenhuma atribuição de valor qualitativo não explicam como os resultados foram obtidos.

Exemplos de bons indicadores-chave de desempenho por área

Aplicar os conceitos que estamos trazendo neste post ajudará muito na hora de identificar quais são os melhores KPIs para o seu projeto. No entanto, uma boa escolha de indicadores-chave também passa por entender:

  • Qual seu tipo de negócio;
  • As condições do mercado dentro da sua área de atuação;
  • Quais os principais fatores que indicam um negócio bem-sucedido dentro do seu ramo.

Ou seja, a escolha das métricas mais importantes dependerá do mercado no qual a empresa está inserida e sua realidade atual. A seguir, veja alguns exemplos de bons KPIs mediante a diferentes áreas.

Marketing

Uma captura de tela mostrando a dashboard da plataforma da Selzy, que traz dados a respeito de campanhas de e-mail marketing.
Na área de Marketing, as plataformas online trazem as dashboards (painéis de controle), onde fica fácil observar o desempenho de nossas campanhas

Monitorar os KPIs adequados na área de marketing pode proporcionar maior sucesso em suas campanhas; a possibilidade de maior retorno sobre investimento; ajustes de estratégia durante as campanhas e no geral, são fundamentais para avaliar o grau de sucesso do seu negócio. Alguns dos KPIs mais relevantes a serem analisados são:

  • Taxa de conversão;
  • Taxa de cliques e abertura (no caso de mensagens eletrônicas);
  • Tráfego do site;
  • Retorno sobre Investimento (ROI);
  • Taxa de rejeição de e-mails (também conhecidas como Bounce Rate);
  • Posicionamento da marca em mecanismos de busca;
  • Custo de Aquisição do Cliente (CAC);
  • Taxa de retenção de clientes.

É importante ressaltar que a escolha de KPI vem sempre aliada a um objetivo principal e em determinados momentos, é importante escolher onde focar. Além destes fatores, também temos as chamadas métricas de vaidade – como o nome diz, são métricas que alimentam o ego, mas por si só, não representam muita coisa. Cuidado para não cair nessa armadilha!

E-Commerce e Vendas

No caso de lojas online, alguns KPIs são similares aos do Marketing. Por exemplo, o tráfego do site poderá dizer muito sobre suas possibilidades de conversão. Um site bastante visitado, porém com baixa taxa de compra, pode indicar problemas mais sérios – como de interface ou preços, ou até mesmo a qualidade do que está sendo oferecido.

Outros KPIs relevantes são: ticket médio (referente ao valor médio de compras realizadas em sua loja), taxa de abandono de carrinho (número de vezes em que um cliente adiciona um produto ao carrinho, mas não finaliza a compra), NPS (Net Promoter Score, um índice que mede a taxa de satisfação do cliente e se ele recomendaria a sua marca para outra pessoa) e taxa de rejeição (no caso do seu site, essa taxa se refere ao número de vezes que pessoas entraram nele, mas saíram sem clicar em nada).

Suporte ao cliente

Você provavelmente já respondeu várias pesquisas de satisfação com relação ao serviço de suporte ao cliente. “Em uma escala de 1 a 5, sendo 1 considerado ruim e 5 considerado excelente, como você avaliaria o atendimento que recebeu?”. Essa simples pergunta pode, depois, virar uma ferramenta valiosa para trabalhar em melhorias nesse setor da sua empresa, principalmente se acompanhada de relatos de clientes.

Além do indicador de satisfação do cliente com o atendimento, é possível mensurar a efetividade desse setor através de KPIs como: proporção de abertura de chamados em relação à solução de problemas, número de atendimentos, tempo de resposta inicial e tempo para resolução do problema reportado. 

Como fazer gestão de indicadores KPI?

Uma foto mostrando uma mulher compartilhando dados através de uma apresentação com gráficos.
A gestão de KPIs é um trabalho em equipe, então, compartilhe quais serão os indicadores-chave e depois defina estratégias com o seu time após ter os resultados

Como pudemos observar, cada empresa trabalhará com KPIs diferentes, também levando em conta os objetivos principais a serem alcançados, o mercado e sua realidade, e a forma mais efetiva de analisar um fator. Com tantos caminhos a serem escolhidos, como escolher o melhor? Entraremos em detalhes logo mais, mas de forma resumida: baseie suas decisões a partir dos objetivos finais.

Se a ideia do seu atual projeto é melhor a taxa de abandono do carrinho, adote KPIs específicos e relacionados à fase final de vendas – podemos assumir aqui que não há um problema com a taxa de abertura ou o tempo de permanência, e sim, que algo está acontecendo na hora de finalizar a compra. Talvez o processo seja muito burocrático e o cliente, envolto em formulários infinitos, desista e procure algo mais prático. Talvez o problema seja o valor do frete ou as condições de pagamento. Você só irá descobrir se escolher os KPIs corretos e fazer uma gestão adequada da gama de informações que terá ao seu dispor.

Defina KPIs estratégicos

A definição dos KPIs ideais passa pela definição de objetivos principais aliada à consciência do que é necessário para atingi-los. Assim, ser muito abrangente ou até mesmo vago na hora de selecionar o que analisar é um fator prejudicial. Embora estar munido de informações seja, de forma geral, sempre bom, não peque pelo excesso e não se distraia do foco principal.

Utilizando o exemplo do tópico anterior, não adianta medir o custo de aquisição do cliente se o objetivo é reduzir a taxa de abandono de carrinhos na sua loja online. Destinar esforços, recursos e tempo para tal KPI seria basicamente uma perda de tempo. É mais interessante adotar KPIs relacionados diretamente ao objetivo, já que somente assim será possível identificar o problema. Cruzar o KPI de taxa de abandono de carrinhos com o valor médio de compra e com o tempo de permanência no site será muito mais relevante e esclarecedor.

Colete, monitore e analise os dados

Agora que você tem os indicadores-chave definidos, é necessário ter paciência. Estabeleça um prazo de análise para ter uma amostragem relevante e colete os dados relacionados aos seus KPIs. Monitore e estabeleça comparativos, como por exemplo, mudanças observadas ao longo do tempo para os parâmetros que foram definidos.

Uma vez terminado o prazo, é hora de sentar e analisar os números. Se o processo de escolha de KPI foi feito corretamente, você não precisará se preocupar com excesso de dados ou com perder tempo olhando para estatísticas irrelevantes – basta então entender qual história está sendo contada ali, para depois agir.

Compartilhe e comunique

Embora alguns gestores optem por não divulgar todos os números coletados, informar ao seu grupo de colaboradores os indicadores de desempenho mais importantes é de suma importância para manter a equipe engajada e focada em torno dos objetivos principais. É muito mais fácil saber como agir e o que fazer tendo ciência do problema a ser resolvido.

O processo de definição de objetivo e resultados-chave, além da escolha dos indicadores de desempenho mais relevantes para alcançar as metas traçadas, oferecem um diagnóstico do trabalho realizado. Assim como um médico que encontra sintomas e trabalha para reduzi-los e quando possível, eliminá-los, os KPIs executam uma tarefa similar, mas de grande alcance. Portanto, manter os colaboradores informados sobre os resultados e objetivos futuros é vital.

Revise e ajuste

Com todos os dados coletados, analisados e compartilhados, ficou mais fácil identificar a necessidade de mudança nas estratégias. Se o problema é o tempo de permanência no site, é possível fazer alterações no design para torná-lo mais atrativo. E se o tempo de permanência melhorar, mas a taxa de conversão for baixa? Ajuste a oferta de produtos e ofereça melhores condições – não há quem recuse um bom negócio, principalmente se proporcional ao poder aquisitivo.

A taxa de abandono do carrinho é alta? Revise as páginas de finalização de compra e facilite o processo. Em linhas gerais, os KPIs trarão clareza sobre os processos e suas falhas, e só saber delas sem realizar alterações também é perda de tempo, então, atue, mude, experimente e faça as medições de novo. Nada é definitivo, portanto, siga buscando espaço para melhoras e otimize, sempre.

Para finalizar…

Uma imagem mostrando uma equipe trabalhando em conjunto na análise de dados.
Com dados concretos e uma equipe focada nos objetivos, vai ficar mais fácil observar e melhorar o desempenho do seu negócio

Em um mercado sempre com mudanças constantes e de livre concorrência, cada vez mais surge a necessidade de empresas e profissionais otimizarem seus processos e buscarem entender o que falta, onde falta e como eliminar essa falta. E veja, os KPIs também poderão te dizer o que está funcionando bem.

Se a pesquisa de mercado e satisfação nos ajuda a entender as necessidades e anseios dos clientes, os KPIs nos proporcionam a possibilidade de medir a performance do nosso negócio. Os dois fatores juntos, aliados a uma fase de planejamento adequada e com objetivos palpáveis, poderão ajudar o seu negócio a atingir resultados ainda melhores no futuro.

Esperamos que com nosso guia e dicas, você possa selecionar os indicadores-chave de desempenho mais relevantes para o seu negócio e ter um retrato atual completo do aspecto organizacional da sua empresa.

Artigo escrito por
Leandro Ferreira
Natural de Campinas, sou criador de conteúdo, jornalista, professor de Inglês e faço música eletrônica nas horas vagas. Tutor de quatro pets e apaixonado por cinema e videogames. Você me encontra no Instagram, no @leandroferreirateaching.
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